dúvidas frequentes

sobre Insulinoterapia

Procure resposta às suas perguntas, de acordo com o tema sobre o qual tem dúvidas. Nesta secção, reunimos as perguntas mais frequentes e disponibilizamos uma resposta.

O que é a insulina?

O que é a insulina?

A insulina é uma hormona essencial à vida, sendo imprescindível para o bom funcionamento do organismo. A insulina atua no metabolismo de todos os nutrientes - glicose, proteínas e lípidos.

A insulina é para toda a vida?

O tratamento com insulina pode ser transitório, por exemplo durante a gravidez e em situação de internamento hospitalar, ou outros problemas de saúde que justifiquem esse tratamento.

No caso de o seu médico assistente considerar que é importante para si iniciar o tratamento com insulina, para melhorar a compensação da diabetes e prevenir as complicações, isso será uma mais-valia para a sua saúde. Cada vez mais as recomendações de saúde nacionais e internacionais propõem o tratamento com insulina para as pessoas com diabetes tipo 2.

Como terapêutica definitiva, a insulina é o tratamento de eleição quando não se consegue obter um bom controlo metabólico com a alimentação e o exercício físico em conjunto com os medicamentos orais.

No caso da Diabetes mellitus tipo 1, mais frequente nos jovens e adolescentes, o organismo deixa completamente de produzir insulina, por isso a administração de insulina é essencial e nunca deve ser interrompida.

A insulina é o último tratamento?

O principal objetivo do tratamento da pessoa com Diabetes é conseguir um ótimo controlo metabólico, para que possa ter uma vida com qualidade, evitando ou atrasando as complicações crónicas da Diabetes.

No início, a Diabetes tipo 2 pode ser controlada com alimentação saudável e equilibrada, exercício físico e medicamentos orais (comprimidos).

Com o decorrer dos anos de evolução da Diabetes, muitas pessoas vão perdendo a capacidade de produzir insulina, sendo necessário recorrer à insulinoterapia, para obterem um bom controlo metabólico. Este tratamento, tanto a nível transitório como definitivo, tem vindo a adquirir um papel cada vez mais importante no tratamento da Diabetes tipo 2.

Na Diabetes mellitus tipo 1, mais frequente em crianças e adolescentes, o primeiro e mais importante tratamento é a insulina, pois neste tipo de Diabetes o organismo deixa de produzir insulina logo de início.

Como se utiliza?

Quando é preciso começar a fazer a insulina?

No início, a Diabetes tipo 2 pode ser controlada com alimentação saudável e equilibrada, exercício físico e medicamentos orais (comprimidos).

Com o decorrer dos anos de evolução da Diabetes, muitas pessoas vão perdendo a capacidade de produzir insulina, sendo necessário recorrer à insulinoterapia para obterem um bom controlo metabólico. Este tratamento, tanto a nível transitório como definitivo, tem vindo a adquirir um papel cada vez mais importante no tratamento da Diabetes tipo 2.

Em algumas situações menos frequentes, em que a Diabetes tipo 2 é diagnosticada numa fase mais tardia e avançada, pode ser necessário iniciar tratamento (pelo menos, transitoriamente) com insulina.

Na Diabetes tipo 1 o início da insulinoterapia corresponde à altura do diagnóstico. Neste tipo de Diabetes, o organismo deixa de produzir por completo esta hormona essencial à vida.

A insulina é muito cara?

Em Portugal, a insulina é totalmente comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde, pelo que é gratuita para o utente.

Quantas vezes por dia se administra a insulina?

É variável. Pode ir desde uma vez por dia (na diabetes tipo 2) a várias vezes ao dia (na diabetes tipo 1 e tipo 2).

A opção do médico pelo tipo e esquema de insulina a prescrever está relacionada com as características e necessidades de cada pessoa.

Fazer insulina é muito complicado?

Atualmente, o processo de administração de insulina é cada vez mais fácil e cómodo, através da utilização de dispositivos próprios designados de "canetas", pois assemelham-se a estes dispositivos quer em aparência, quer em simplicidade de utilização.

Estas canetas usam agulhas especiais muito finas e com um revestimento especial para serem praticamente indolores, o que facilita a adaptação da pessoa a este tratamento.

O que é preciso para fazer insulina?

Para fazer insulina utilizam-se dispositivos designados de "canetas", que são muito vantajosas, permitindo a marcação da dose com exatidão e sendo apenas necessário o uso de agulhas descartáveis. As canetas podem ser facilmente transportadas no bolso, ou numa bolsa, o que facilita a realização da injeção.

As canetas podem ser de dois tipos:

  • Canetas pré-cheias, que trazem colocada a carga de insulina e que são descartáveis no fim da utilização;
  • Canetas reutilizáveis, que são canetas recarregáveis em que é necessário colocar os frascos de insulina.

Em alternativa, pode administrar-se com uma seringa própria (seringa de insulina), mas esta estratégia está a cair em desuso.

Veja o vídeo Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

Como se conserva a insulina?

A insulina que está a ser utilizada mantém-se na caneta à temperatura ambiente (mas a menos de 25º C), mas longe do sol. A insulina de reserva guarda-se na porta do frigorífico. A insulina não deve ser congelada ou colocada no congelador.

Como posso fazer a insulina quando estiver a trabalhar?

Atualmente, o processo de administração de insulina é cada vez mais fácil e cómodo, através da utilização de canetas com agulhas praticamente indolores, o que facilita a adaptação da pessoa a este tratamento. As canetas podem ser facilmente transportadas no bolso, ou numa bolsa, à temperatura ambiente, o que facilita a realização da injeção.

Como se faz (administra) a insulina?
  • Lavar e secar bem as mãos.
  • Agitar a caneta de insulina, no caso de a insulina não ser transparente.
  • Marcar a dose cuidadosamente.
  • Retirar a tampa da caneta e da agulha.
  • Fazer uma prega na pele.
  • Introduzir a agulha na pele com ângulo de 90º (perpendicular à pele).
  • Pressionar o botão da caneta até chegar a 0 (zero) no marcador da dose, para injetar a insulina na pele.
  • Aguardar cerca de 10 segundos (contar até 10 devagar) com a agulha introduzida na pele.
  • Retirar a agulha da pele cuidadosamente.
  • Tapar a agulha e a caneta.

Veja o vídeo Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

Que cuidados devo ter na administração de insulina?
  • Lavar e secar bem as mãos.
  • Agitar a caneta de insulina, no caso de a insulina não ser transparente.
  • Marcar a dose cuidadosamente.
  • Retirar a tampa da caneta e da agulha.
  • Fazer uma prega na pele.
  • Introduzir a agulha na pele com ângulo de 90º (perpendicular à pele).
  • Pressionar o botão da caneta até chegar a 0 (zero) no marcador da dose, para injetar a insulina na pele.
  • Aguardar cerca de 10 segundos (contar devagar até 10) com a agulha introduzida na pele.
  • Retirar a agulha da pele cuidadosamente.
  • Tapar a agulha e a caneta.

Veja o vídeo Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

Como se administra a insulina?

A insulina é habitualmente administrada com um dispositivo próprio designado de "caneta", por injeção subcutânea, isto é, no tecido adiposo (gordura) debaixo da pele e não no músculo. Por isso, é muito importante adequar o tamanho da agulha à estrutura da pele de cada pessoa.


Em alternativa a insulina pode ser administrada com uma seringa própria (seringa de insulina), que vem graduada em Unidades de Insulina. Para uso da seringa (que se adquire em qualquer farmácia a qualquer hora numa situação de emergência), há que puxar o êmbolo da seringa para a marca do número de unidades e injetar na pele como se se tratasse de uma caneta.

Veja o vídeo Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

Como é que se faz a injeção de insulina?

As injeções de insulina devem ser realizadas no tecido subcutâneo, que se situa abaixo da pele e é constituído por tecido com volume variável de células adiposas (de gordura).

Ao injetar insulina, deve fazer-se uma prega cutânea com o auxílio dos dedos indicador, médio e polegar, e introduzir a agulha num movimento firme num ângulo de 90°, perpendicular, em relação à pele, exceto quando se utilizam agulhas muito curtas, de 5 ou 6 mm.

Veja o vídeo Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

Quais os locais do corpo onde se pode administrar a insulina?

Os locais onde a insulina pode ser administrada são o abdómen, coxas, nádegas e braços. De um modo geral, o abdómen é mais recomendado para fazer insulinas de ação rápida, e as coxas e nádegas para administrar insulinas de ação intermédia ou lenta.

A boa rotação dos locais de administração é essencial para garantir que a insulina tenha sempre uma ação semelhante.

Veja o vídeo Rotação dos Locais de Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

Que cuidados devo ter na rotação dos locais de administração de insulina?

Na rotação dos locais de administração de insulina deve aproveitar as zonas em toda a sua extensão, administrar cada injeção com uma distância de 3 cm em relação à administração anterior, e variar bem os locais de administração, o que facilita a absorção da insulina e evita o aparecimento de “papos de gordura”, as lipo-hipertrofias, que são formadas quando uma determinada zona é utilizada com muita frequência para a administração da insulina.

Veja o vídeo Rotação dos Locais de Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

A insulina pode ser dada sempre no mesmo sítio do corpo?

Não. É importante variar bem os locais de administração, pois isso facilita a absorção da insulina e evita o aparecimento de “papos de gordura”, as lipo-hipertrofias, que são formadas quando uma determinada zona é utilizada com muita frequência para a administração da insulina. Por isso, convém aproveitar bem as zonas em toda a sua extensão, administrando cada injeção com uma distância de 3 cm em relação à administração anterior.

Veja o vídeo Rotação dos Locais de Administração de Insulina e o folheto respetivo, para saber mais.

O que fazer se a caneta de insulina se avariar ou se a perder?

Se a caneta de insulina se avariar ou se a perder, deverá contactar de imediato a equipa de saúde que o segue. Se tal não for possível, deverá entrar em contacto com o seu farmacêutico.

Lembre-se que numa situação extrema pode sempre recorrer à unidade de urgência (Serviço de Urgência, Atendimento Permanente) mais próxima ou obter em qualquer farmácia de serviço seringas de insulina.

A utilização de seringas é bastante fácil: vêm graduadas em Unidades de Insulina (normalmente de 10 em 10 unidades), pelo que o êmbolo da seringa deve ser puxado até à dose desejada. A administração em si é idêntica ao que se faz com a caneta.

Tem todas estas alternativas, por isso nunca deixe de tomar uma ou várias doses de insulina por avaria ou perda do dispositivo!

Efeitos/Consequências

A insulina causa habituação?

A insulina é essencial à vida e o nosso organismo produz esta importante hormona mesmo antes de nascermos. Com o decorrer dos anos de evolução da diabetes, muitas pessoas vão perdendo a capacidade de produzir insulina, sendo necessário recorrer à insulinoterapia, para obterem um bom controlo metabólico.

A insulina tem efeitos secundários?

O principal efeito secundário da insulina é a hipoglicemia ou a descida excessiva do valor de açúcar (glicemia) no sangue.

No caso de a quantidade de insulina administrada ser superior às necessidades da pessoa, ou no caso de passar mais tempo sem comer ou não ingerir hidratos de carbono de absorção lenta, ou fazer exercício físico não programado, ou administrar a insulina na zona do corpo que vai exercitar mais, podem ocorrer hipoglicemias (descidas de açúcar no sangue, com valores inferiores a 70 mg/dL). Nesse caso, convém tratar com açúcar (ver tratamento adequado no vídeo Hipoglicemia e nas Dúvidas Frequentes Sobre Hipoglicemia) e aconselhar-se com a sua equipa de saúde sobre os ajustes de insulina a realizar.

O risco de hipoglicemia pode ser diminuído com alguns cuidados simples. O mais importante é não estar demasiadas horas (habitualmente mais de 3h) sem comer no período diurno, comer uma ceia antes de se deitar, ajustar a dose de insulina rápida quando ingere refeições com menos hidratos de carbono (açúcares complexos) do que o habitual (por exemplo, comer uma salada em vez de um bife com arroz ou batata no verão).

É também importante programar o exercício físico, ajustar a dose de insulina e verificar a glicemia antes de iniciar (deve ser acima de 100 mg/dL), repetir caso o exercício dure mais de 1h e não administrar insulina numa parte do corpo que vai exercitar logo de seguida (por exemplo, é de evitar administrar insulina na coxa e depois ir fazer uma corrida).

Para saber mais acerca das hipoglicemias e como as evitar, veja os nossos vídeos e folhetos.

A insulina faz engordar?

Comer demasiado para as necessidades do organismo faz engordar, não a insulina. No início do tratamento com insulina poderá ocorrer um ligeiro aumento de peso, pois a insulina “limpa” o açúcar (glicose) do sangue e “arruma” o excesso de calorias dessa glucose na gordura do nosso corpo. Com a continuidade do tratamento, no caso de a quantidade de insulina administrada ser superior às necessidades da pessoa, poderá sentir mais fome e aumentar a ingestão de comida, o que poderá originar aumento de peso.

Com a insulina posso comer tudo o que quiser?

É importante que faça sempre uma alimentação fracionada, equilibrada e saudável, evitando os doces e as gorduras, de acordo com as recomendações da sua equipa de saúde.

Para mais informação veja a nossa secção sobre alimentação.

Se fizer exercício físico, que cuidados devo ter com a insulina?

Deve ter cuidados especiais quando vai fazer exercício físico, como evitar a administração de insulina na região do corpo que for mais exercitada, para evitar uma absorção mais rápida da insulina. Poderá ser necessário reduzir a quantidade de insulina antes e após o exercício físico. Exercício físico desajustado ou não programado pode causar hipoglicemias (baixas de açúcar). Aconselhe-se com a sua equipa de saúde sobre os ajustes de insulina a realizar nessa situação. Para mais informações, consulte o vídeo Hipoglicemia e as Dúvidas Frequentes Sobre Hipoglicemia.

Qual é o melhor local do corpo para administrar a insulina quando fizer exercício físico?

Deve ter cuidados especiais quando vai fazer exercício físico, como evitar a administração de insulina na região do corpo que for mais exercitada, para evitar uma absorção mais rápida da insulina.

Posso ter hipoglicemias (baixa de açúcar no sangue) quando fizer insulina?

Pode acontecer.

No caso de a quantidade de insulina administrada ser superior às necessidades da pessoa, ou no caso de passar mais tempo sem comer ou não ingerir hidratos de carbono de absorção lenta, ou fazer exercício físico não programado, ou administrar a insulina na zona do corpo que vai exercitar mais, podem ocorrer hipoglicemias (descidas de açúcar no sangue, com valores inferiores a 70 mg/dL). Nesse caso, convém tratar com açúcar (ver tratamento adequado no vídeo Hipoglicemia e nas Dúvidas Frequentes Sobre Hipoglicemia) e aconselhar-se com a sua equipa de saúde sobre os ajustes de insulina a realizar.

A insulina faz mal ao corpo?

Não. A ideia que muitas pessoas têm que a insulina causa complicações graves da diabetes é errada. Esta ideia errada resulta do facto de no passado ter-se utilizado a insulina numa fase muito tardia da diabetes tipo 2, em que a pessoa com diabetes já estava muito doente e já tinha complicações ou estava prestes a tê-las.

Hoje em dia usamos a insulina mais cedo, para evitar precisamente a evolução da diabetes para uma fase mais complicada e também porque, com as novas canetas de insulina, é fácil e praticamente indolor administrar insulina.

A insulina pode causar baixas de açúcar (hipoglicemias) e, se a pessoa comer em excesso para as suas necessidades, pode ajudar a ganhar peso, mas estes efeitos secundários são geríveis desde que se tenha alguns cuidados.


Importante: estas recomendações foram concebidas para insulina "U-100", que é a única concentração de insulina usada em Portugal à data da elaboração e revisão destes textos (outubro de 2014). Por favor note que a situação pode alterar-se ou ser diferente noutros países.

PT-DIA-00208 05/2021